Esse vídeo da JAMI- Junta Administrativa de Missões da CBN- Convenção Batista Nacional- nos mostra as dificuldades que muitos irmãos e irmãos passam para continuarem a Obra Missionária em Moçambique, principalmente com relação à falta de Bíblias.Entre os missionários apresentados está também o nosso irmão João Mapingue que é um dos missionários que a IBRAV-Igreja Batista Renovada Água da Vida tem colaborado ao longo dos anos.Continuemos orando e colaborando com esses irmãos, para que possam manter seus ministérios juntos aos irmãos moçambiquenses.
sexta-feira, abril 24, 2009
JAMI-BÍBLIAS PARA MOÇAMBIQUE
quarta-feira, abril 22, 2009
O MELHOR ALIMENTO DO MUNDO
1 Em chegando o sétimo mês, e estando os filhos de Israel nas suas cidades, todo o povo se ajuntou como um só homem, na praça, diante da Porta das Águas; e disseram a Esdras, o escriba, que trouxesse o Livro da Lei de Moisés, que o SENHOR tinha prescrito a Israel.
2 Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres e de todos os que eram capazes de entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês.
3 E leu no livro, diante da praça, que está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei.
4 Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5 Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque estava acima dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
6 Esdras bendisse ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! E, levantando as mãos; inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra.
7 E Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas ensinavam o povo na Lei; e o povo estava no seu lugar.
8 Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.
9 Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam todo o povo lhe disseram: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não pranteeis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.
10 Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
11 Os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo; e não estejais contristados.
12 Então, todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e a regozijar-se grandemente, porque tinham entendido as palavras que lhes foram explicadas.
13 No dia seguinte, ajuntaram-se a Esdras, o escriba, os cabeças das famílias de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, e isto para atentarem nas palavras da Lei.
14 Acharam escrito na Lei que o SENHOR ordenara por intermédio de Moisés que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês;
15 que publicassem e fizessem passar pregão por todas as suas cidades e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte e trazei ramos de oliveiras, ramos de zambujeiros, ramos de murtas, ramos de palmeiras e ramos de árvores frondosas, para fazer cabanas, como está escrito.
16 Saiu, pois, o povo, trouxeram os ramos e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, e nos seus pátios, e nos átrios da Casa de Deus, e na praça da Porta das Águas, e na praça da Porta de Efraim.
17 Toda a congregação dos que tinham voltado do cativeiro fez cabanas e nelas habitou; porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria.
18 Dia após dia, leu Esdras no Livro da Lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia, houve uma assembléia solene, segundo o prescrito. (Neemias 8.1-18)
Durante muitos anos o povo de Israel ficou cativo em Babilônia, mais precisamente 70 anos, quando através de um decreto do rei Ciro, Esdras e Neemias são levantados para regressarem a Israel a fim de reconstruírem os muros da Cidade e o Templo.
Durante a narrativa do capítulo percebemos que aquelas pessoas tinham um desejo real em ouvir a Palavra de Deus.
No versículo 3 vemos que os ouvidos do povo estavam atentos ao Livro da Lei.
ATENTOS AO LIVRO DA LEI
Quantos de nós, hoje em dia, tem estado com os ouvidos atentos ao que a Palavra de Deus nos revela?
Certamente poucos, pois vivemos em uma época na qual as transformações ocorrem com uma velocidade espantosa.
Desenvolve-se um determinado equipamento em um dia e no seguinte já está praticamente sucateado.
Com essas mudanças não estamos acostumados a realmente prestar atenção aos acontecimentos.
Vivemos na época do consumismo por excelência. Nos preocupamos tanto com o futuro... buscando conforto para nossos corpos cansados e para a nossa mente à beira de um estresse profundo que poderá nos causar males irreversíveis; desenvolvemos carros confortáveis, velozes e teoricamente seguros, equipamos nossos policiais com armas cada vez mais potentes e mortais e apesar de nossos mais sinceros esforços percebemos que os homens de hoje, têm cada vez mais necessidade de remédios para dormir, vivem sedentariamente; os crimes e a violência aumentam a proporções inacreditáveis no mundo inteiro.
Aquele povo foi escravo durante muito tempo porque seus ouvidos não se preocupavam mais em estar atentos àquilo que Deus lhes falava.
E esse é um comportamento comum ao ser humano: desde a criação, o homem parece disposto a ouvir tudo e a todos, menos ao Seu Criador.
É por isso que sofremos, por que não damos ouvidos àquilo que Deus nos fala
Provérbio 16.25 nos diz que: Há um caminho que ao homem parece perfeito, mas ao fim conduz à morte.
Aquele povo chorava à medida que o Livro era lido, por que o que estava sendo relatado não era uma estorinha para crianças dormirem, nem um conto folclórico para distrair seus ouvintes, mas era a sua própria história.
Durante aquela narrativa puderam perceber o quanto Deus os amava e o quanto eles o desprezavam. Puderam perceber o quanto Ele procurava estar com eles e o quanto se afastavam dEle.
Deus levantou um homem , Abraão, para dele fazer uma grande nação que o adorasse e servisse. Deu-lhe poder, riqueza e sabedoria que confundia os seus adversários infinitamente mais numerosos, que não compreendiam como aquele pequeno povo vencia seus oponentes e se transformava batalha após batalha cada vez mais forte e temido.
Perceberam durante aquela narrativa o quanto estavam distantes daquele Deus maravilhoso e amoroso.
Choravam por que percebiam que apesar de tudo Ele ainda estava com eles.
Aqueles homens acreditavam que o livramento que Deus lhes concedia, as vitórias nas guerras sobre os seus vizinhos,era a demonstração de Seu amor por eles.
Ao contrário, nós podemos hoje contemplar tudo aquilo que aconteceu àquele povo: as suas vitórias e derrotas, as lutas travadas contra seus inimigos e as lutas travadas com seus interiores.
Lutar contra os inimigos externos é muito mais fácil do que lutarmos contra nós mesmos.Contra um inimigo visível, empunhamos as armas e guerreamos. Se formos mais fortes ou ágeis, conquistaremos a vitória, mas contra nossos sentimentos, vaidades e pecados a coisa é bem diferente.
A PERGUNTA QUE O SENHOR QUER NOS FAZER HOJE É:
Você tem estado com os ouvidos atentos às Palavras que estão contidas na Palavra de Deus?
Aqueles homens perceberam que se tivessem dado ouvidos àquilo que Deus lhes falara, não teriam sofrido tanto, nem passado por tantas humilhações. Se tivessem estado com os ouvidos atentos, como agora estavam, teriam tido uma vida de vitórias e alegrias que somente Deus pode proporcionar.
Diante da comoção geral, Neemias levanta a voz e conforta seus corações para que não chorassem, mas se alegrassem, pois a sua força estava no fato de se alegrarem na presença do seu Deus.
Quando buscamos a Deus com sinceridade podemos perceber a transformação que ocorre no nosso interior:
As lutas parecem menores, os inimigos não são tão fortes assim, as dificuldades não são tão grandes como pensávamos, por que passamos a confiar que Deus está ao nosso lado, lutando por nós, assim como diz Isaías 43.13 “Agindo Eu, quem impedirá?”
Neste episódio narrado por Neemias aprendemos pelo menos quatro ensinamentos preciosos para nos alegrarmos no Senhor:
1º-PRECISAMOS ESTAR ATENDOS PARA OUVIR A VOZ DE DEUS (verso 3)
Hoje em dia ouve-se muitas vozes.
Muitas delas sendo proclamadas em nome de Deus, mas com o tempo percebemos que não condizem com aquilo que realmente Deus disse ao seu povo.
Quando buscamos a Deus em oração, falamos o tempo todo e não paramos para ouvir aquilo que Deus tem para nos dizer.
Muitos dizem não saber como é o timbre da voz de Deus, não tem problema se você não consegue ouvir a voz de Deus de forma material, você poderá ouvi-la através das páginas da Bíblia, o Manual de Deus para o ser humano.
Quando estudamos a Palavra de Deus com amor é como se a voz do próprio Deus penetrasse em nossos ouvidos e descesse até o íntimo de nosso ser, lavando-nos e purificando-nos de todas as incertezas da vida presente.
2º- DEVEMOS TER REVERÊNCIA DIANTE DA PALAVRA DE DEUS (verso 5)
Muitas pessoas encaram a Palavra de Deus como um livro qualquer que pode ser deixado de lado quando dele não se faz uso.
Existe uma frase no meio evangélico de que a Palavra de Deus, quando está fechada é como um livro qualquer, porém adquire poder e vida quando o abrimos e meditamos em seu conteúdo.
Para o judeu a Palavra de Deus é digna da maior reverência.
Quando o judeu que é chamado através dos séculos como o Povo do Livro, coloca a sua Bíblia na estante, ela deve ficar no lugar mais alto e na frente dos outros livros.
Após estudar a Bíblia e outros livros, os mestres da Torá e os religiosos, arrumam os livros sobre a mesa, porém a Bíblia deverá ficar na parte mais alta, sobre todos os demais.
Quando a Bíblia começa a se desfazer pelo uso e começa a ficar difícil de ser manuseada ela não é jogada no lixo como um livro qualquer, nem é vendida como papel reciclado, mas é enterrada em um cemitério, com toda reverência que merece a Palavra de Deus.
3º - PRECISAMOS CONHECER VERDADEIRAMENTE A PALAVRA DE DEUS (verso 8)
Só existe uma maneira de conhecer verdadeiramente a vontade de Deus: Estudando a Sua Palavra.
Lâmpada para meus pés é a tua Palavra diz o Salmista Davi (Salmo 119.105).
Quando conhecemos a Palavra de Deus conseguimos compreender tudo o que acontece à nossa volta, os problemas que enfrentamos, as lutas que travamos e as vitórias que conquistamos.
Aqueles homens ficaram muito tempo afastados da Palavra de Deus, mas ao primeiro contato já sentem a necessidade de vivê-la.
O mesmo deve acontecer conosco. Não basta apenas conhecer a Palavra de Deus é necessário vivê-la com toda intensidade.
4º - DEVEMOS NOS ALEGRAR NA PRESENÇA DE DEUS (versos 10-18)
2 Esdras, o sacerdote, trouxe a Lei perante a congregação, tanto de homens como de mulheres e de todos os que eram capazes de entender o que ouviam. Era o primeiro dia do sétimo mês.
3 E leu no livro, diante da praça, que está fronteira à Porta das Águas, desde a alva até ao meio-dia, perante homens e mulheres e os que podiam entender; e todo o povo tinha os ouvidos atentos ao Livro da Lei.
4 Esdras, o escriba, estava num púlpito de madeira, que fizeram para aquele fim; estavam em pé junto a ele, à sua direita, Matitias, Sema, Anaías, Urias, Hilquias e Maaséias; e à sua esquerda, Pedaías, Misael, Malquias, Hasum, Hasbadana, Zacarias e Mesulão.
5 Esdras abriu o livro à vista de todo o povo, porque estava acima dele; abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé.
6 Esdras bendisse ao SENHOR, o grande Deus; e todo o povo respondeu: Amém! Amém! E, levantando as mãos; inclinaram-se e adoraram o SENHOR, com o rosto em terra.
7 E Jesua, Bani, Serebias, Jamim, Acube, Sabetai, Hodias, Maaséias, Quelita, Azarias, Jozabade, Hanã, Pelaías e os levitas ensinavam o povo na Lei; e o povo estava no seu lugar.
8 Leram no livro, na Lei de Deus, claramente, dando explicações, de maneira que entendessem o que se lia.
9 Neemias, que era o governador, e Esdras, sacerdote e escriba, e os levitas que ensinavam todo o povo lhe disseram: Este dia é consagrado ao SENHOR, vosso Deus, pelo que não pranteeis, nem choreis. Porque todo o povo chorava, ouvindo as palavras da Lei.
10 Disse-lhes mais: ide, comei carnes gordas, tomai bebidas doces e enviai porções aos que não têm nada preparado para si; porque este dia é consagrado ao nosso Senhor; portanto, não vos entristeçais, porque a alegria do SENHOR é a vossa força.
11 Os levitas fizeram calar todo o povo, dizendo: Calai-vos, porque este dia é santo; e não estejais contristados.
12 Então, todo o povo se foi a comer, a beber, a enviar porções e a regozijar-se grandemente, porque tinham entendido as palavras que lhes foram explicadas.
13 No dia seguinte, ajuntaram-se a Esdras, o escriba, os cabeças das famílias de todo o povo, os sacerdotes e os levitas, e isto para atentarem nas palavras da Lei.
14 Acharam escrito na Lei que o SENHOR ordenara por intermédio de Moisés que os filhos de Israel habitassem em cabanas, durante a festa do sétimo mês;
15 que publicassem e fizessem passar pregão por todas as suas cidades e em Jerusalém, dizendo: Saí ao monte e trazei ramos de oliveiras, ramos de zambujeiros, ramos de murtas, ramos de palmeiras e ramos de árvores frondosas, para fazer cabanas, como está escrito.
16 Saiu, pois, o povo, trouxeram os ramos e fizeram para si cabanas, cada um no seu terraço, e nos seus pátios, e nos átrios da Casa de Deus, e na praça da Porta das Águas, e na praça da Porta de Efraim.
17 Toda a congregação dos que tinham voltado do cativeiro fez cabanas e nelas habitou; porque nunca fizeram assim os filhos de Israel, desde os dias de Josué, filho de Num, até àquele dia; e houve mui grande alegria.
18 Dia após dia, leu Esdras no Livro da Lei de Deus, desde o primeiro dia até ao último; e celebraram a festa por sete dias; no oitavo dia, houve uma assembléia solene, segundo o prescrito. (Neemias 8.1-18)
Durante muitos anos o povo de Israel ficou cativo em Babilônia, mais precisamente 70 anos, quando através de um decreto do rei Ciro, Esdras e Neemias são levantados para regressarem a Israel a fim de reconstruírem os muros da Cidade e o Templo.
Durante a narrativa do capítulo percebemos que aquelas pessoas tinham um desejo real em ouvir a Palavra de Deus.
No versículo 3 vemos que os ouvidos do povo estavam atentos ao Livro da Lei.
ATENTOS AO LIVRO DA LEI
Quantos de nós, hoje em dia, tem estado com os ouvidos atentos ao que a Palavra de Deus nos revela?
Certamente poucos, pois vivemos em uma época na qual as transformações ocorrem com uma velocidade espantosa.
Desenvolve-se um determinado equipamento em um dia e no seguinte já está praticamente sucateado.
Com essas mudanças não estamos acostumados a realmente prestar atenção aos acontecimentos.
Vivemos na época do consumismo por excelência. Nos preocupamos tanto com o futuro... buscando conforto para nossos corpos cansados e para a nossa mente à beira de um estresse profundo que poderá nos causar males irreversíveis; desenvolvemos carros confortáveis, velozes e teoricamente seguros, equipamos nossos policiais com armas cada vez mais potentes e mortais e apesar de nossos mais sinceros esforços percebemos que os homens de hoje, têm cada vez mais necessidade de remédios para dormir, vivem sedentariamente; os crimes e a violência aumentam a proporções inacreditáveis no mundo inteiro.
Aquele povo foi escravo durante muito tempo porque seus ouvidos não se preocupavam mais em estar atentos àquilo que Deus lhes falava.
E esse é um comportamento comum ao ser humano: desde a criação, o homem parece disposto a ouvir tudo e a todos, menos ao Seu Criador.
É por isso que sofremos, por que não damos ouvidos àquilo que Deus nos fala
Provérbio 16.25 nos diz que: Há um caminho que ao homem parece perfeito, mas ao fim conduz à morte.
Aquele povo chorava à medida que o Livro era lido, por que o que estava sendo relatado não era uma estorinha para crianças dormirem, nem um conto folclórico para distrair seus ouvintes, mas era a sua própria história.
Durante aquela narrativa puderam perceber o quanto Deus os amava e o quanto eles o desprezavam. Puderam perceber o quanto Ele procurava estar com eles e o quanto se afastavam dEle.
Deus levantou um homem , Abraão, para dele fazer uma grande nação que o adorasse e servisse. Deu-lhe poder, riqueza e sabedoria que confundia os seus adversários infinitamente mais numerosos, que não compreendiam como aquele pequeno povo vencia seus oponentes e se transformava batalha após batalha cada vez mais forte e temido.
Perceberam durante aquela narrativa o quanto estavam distantes daquele Deus maravilhoso e amoroso.
Choravam por que percebiam que apesar de tudo Ele ainda estava com eles.
Aqueles homens acreditavam que o livramento que Deus lhes concedia, as vitórias nas guerras sobre os seus vizinhos,era a demonstração de Seu amor por eles.
Ao contrário, nós podemos hoje contemplar tudo aquilo que aconteceu àquele povo: as suas vitórias e derrotas, as lutas travadas contra seus inimigos e as lutas travadas com seus interiores.
Lutar contra os inimigos externos é muito mais fácil do que lutarmos contra nós mesmos.Contra um inimigo visível, empunhamos as armas e guerreamos. Se formos mais fortes ou ágeis, conquistaremos a vitória, mas contra nossos sentimentos, vaidades e pecados a coisa é bem diferente.
A PERGUNTA QUE O SENHOR QUER NOS FAZER HOJE É:
Você tem estado com os ouvidos atentos às Palavras que estão contidas na Palavra de Deus?
Aqueles homens perceberam que se tivessem dado ouvidos àquilo que Deus lhes falara, não teriam sofrido tanto, nem passado por tantas humilhações. Se tivessem estado com os ouvidos atentos, como agora estavam, teriam tido uma vida de vitórias e alegrias que somente Deus pode proporcionar.
Diante da comoção geral, Neemias levanta a voz e conforta seus corações para que não chorassem, mas se alegrassem, pois a sua força estava no fato de se alegrarem na presença do seu Deus.
Quando buscamos a Deus com sinceridade podemos perceber a transformação que ocorre no nosso interior:
As lutas parecem menores, os inimigos não são tão fortes assim, as dificuldades não são tão grandes como pensávamos, por que passamos a confiar que Deus está ao nosso lado, lutando por nós, assim como diz Isaías 43.13 “Agindo Eu, quem impedirá?”
Neste episódio narrado por Neemias aprendemos pelo menos quatro ensinamentos preciosos para nos alegrarmos no Senhor:
1º-PRECISAMOS ESTAR ATENDOS PARA OUVIR A VOZ DE DEUS (verso 3)
Hoje em dia ouve-se muitas vozes.
Muitas delas sendo proclamadas em nome de Deus, mas com o tempo percebemos que não condizem com aquilo que realmente Deus disse ao seu povo.
Quando buscamos a Deus em oração, falamos o tempo todo e não paramos para ouvir aquilo que Deus tem para nos dizer.
Muitos dizem não saber como é o timbre da voz de Deus, não tem problema se você não consegue ouvir a voz de Deus de forma material, você poderá ouvi-la através das páginas da Bíblia, o Manual de Deus para o ser humano.
Quando estudamos a Palavra de Deus com amor é como se a voz do próprio Deus penetrasse em nossos ouvidos e descesse até o íntimo de nosso ser, lavando-nos e purificando-nos de todas as incertezas da vida presente.
2º- DEVEMOS TER REVERÊNCIA DIANTE DA PALAVRA DE DEUS (verso 5)
Muitas pessoas encaram a Palavra de Deus como um livro qualquer que pode ser deixado de lado quando dele não se faz uso.
Existe uma frase no meio evangélico de que a Palavra de Deus, quando está fechada é como um livro qualquer, porém adquire poder e vida quando o abrimos e meditamos em seu conteúdo.
Para o judeu a Palavra de Deus é digna da maior reverência.
Quando o judeu que é chamado através dos séculos como o Povo do Livro, coloca a sua Bíblia na estante, ela deve ficar no lugar mais alto e na frente dos outros livros.
Após estudar a Bíblia e outros livros, os mestres da Torá e os religiosos, arrumam os livros sobre a mesa, porém a Bíblia deverá ficar na parte mais alta, sobre todos os demais.
Quando a Bíblia começa a se desfazer pelo uso e começa a ficar difícil de ser manuseada ela não é jogada no lixo como um livro qualquer, nem é vendida como papel reciclado, mas é enterrada em um cemitério, com toda reverência que merece a Palavra de Deus.
3º - PRECISAMOS CONHECER VERDADEIRAMENTE A PALAVRA DE DEUS (verso 8)
Só existe uma maneira de conhecer verdadeiramente a vontade de Deus: Estudando a Sua Palavra.
Lâmpada para meus pés é a tua Palavra diz o Salmista Davi (Salmo 119.105).
Quando conhecemos a Palavra de Deus conseguimos compreender tudo o que acontece à nossa volta, os problemas que enfrentamos, as lutas que travamos e as vitórias que conquistamos.
Aqueles homens ficaram muito tempo afastados da Palavra de Deus, mas ao primeiro contato já sentem a necessidade de vivê-la.
O mesmo deve acontecer conosco. Não basta apenas conhecer a Palavra de Deus é necessário vivê-la com toda intensidade.
4º - DEVEMOS NOS ALEGRAR NA PRESENÇA DE DEUS (versos 10-18)
SABENDO QUE DEUS ESTÁ NO CONTROLE E QUE A PARTIR DE AGORA FARÃO A SUA VONTADE.
O Sinal da alegria daquele povo que se reencontrava com o Seu Deus foi demonstrado através da festa dos Tabernáculos (Sucót) que até hoje é celebrada pelos judeus e que tem a duração de sete dias.
Nesta festa eles deixam o conforto material de suas casas e constroem cabanas e habitam nelas por sete dias, para recordarem que Deus manteve o povo de Israel por 40 anos no deserto.
Por essa razão, quando estiver diante de um grande problema ou simplesmente se sentido desamparado e perdido, busque conhecer e praticar a Palavra de Deus.
Conheça o que Deus tem para aqueles que o buscam e você verá que grandes coisas o Senhor fará através de sua vida.
Nunca deixe de se alimentar da Palavra de Deus.
Ela é o melhor alimento que podemos encontrar neste mundo.
Como diz o salmista no Salmo 119.103: “Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.”
O Sinal da alegria daquele povo que se reencontrava com o Seu Deus foi demonstrado através da festa dos Tabernáculos (Sucót) que até hoje é celebrada pelos judeus e que tem a duração de sete dias.
Nesta festa eles deixam o conforto material de suas casas e constroem cabanas e habitam nelas por sete dias, para recordarem que Deus manteve o povo de Israel por 40 anos no deserto.
Por essa razão, quando estiver diante de um grande problema ou simplesmente se sentido desamparado e perdido, busque conhecer e praticar a Palavra de Deus.
Conheça o que Deus tem para aqueles que o buscam e você verá que grandes coisas o Senhor fará através de sua vida.
Nunca deixe de se alimentar da Palavra de Deus.
Ela é o melhor alimento que podemos encontrar neste mundo.
Como diz o salmista no Salmo 119.103: “Oh! Quão doces são as tuas palavras ao meu paladar! Mais doces do que o mel à minha boca.”
terça-feira, abril 14, 2009
QUANDO A IGREJA FRACASSA
QUANDO A IGREJA FRACASSA
Muito importante para uma análise atual do comportamento de muitas igrejas e grupos tidos como evangélicos e respaldados na Palavra de Deus é o comentário emitido pelo irmão Almir dos Santos Gonçalves Júnior em 1995 no seu livro “Quando a Igreja Fracassa- Sinalizando à igreja sobre alguns perigos modernos que podem levá-la ao fracasso” acerca do perigo que estamos correndo quando deixamos que a Igreja, muitas vezes sem o perceber, perca a sua identidade com os ditames bíblicos.
O texto que extraímos abaixo refere-se a um dos tópicos analisados pelo irmão sobre algumas formas pelas quais a Igreja perde a sua identidade.
A PERDA DA IDENTIDADE PELA NOVIDADE
(...) grande área que desfigura a identidade original da Igreja de cristo como agência de Fé, Amor e Esperança é a ênfase que estamos dando à necessidade de levar a igreja a falar a linguagem moderna ou a adotar os padrões de comunicação do mundo de hoje, com o fim de torná-la atuante e dinâmica e em condições de atrair os perdidos.
Essa preocupação é extremamente grave, pois ela vem atingir aquilo que de mais importante a igreja trouxe consigo do passado e que vem a ser exatamente a própria razão de ser da sua existência: o ato do culto.Sim, porque tudo o mais que a Igreja hoje representa é secundário ou subordinado ao ato de culto a Deus. O estudo bíblico, o preparo dos crentes, a pregação do evangelho, o relacionamento fraterno entre os irmãos, as ações sociais em favor dos marginalizados, embora eminentemente implícitos no ato de culto, tudo isto se organizou depois, muito depois que a Igreja se constituiu em sua gênese.
Ela surgiu no tempo ainda quando sequer tinha esse nome, pela necessidade do homem em cultuar, em adorar e em reverenciar o ser supremo que ele sentia existir acima dele. Foi assim quando, depois do pecado original, sem que soubéssemos por que, Caim e Abel cultuaram a Deus pelas primícias de suas obras. Depois, quando Enoque, numa forma de culto que devíamos copiar, andava com Deus. O mesmo que Noé, seu bisneto, iria fazer. E, mais tarde ainda, quando Abraão, depois que o Senhor lhe falou ao pé do carvalho de Moré, construiu ali um altar...
O começo está aí. Abraão em Moré, Jacó em Betel, Isaque no Negebe, nada mais faziam do que os seus antepassados Caim, Abel, Enoque e Noé fizeram. A busca do ser criado pelo relacionamento com o ser Criador: o cultuar!
O que eles não sabiam é que, com esses atos isolados, estavam dando origem àquilo que muito mais tarde seria denominado Igreja. No inicio da revelação divina ao homem eles foram os instrumentos para que a noção de culto e reverência ao Pai se fizessem presentes na vida.
Com o crescimento do povo da promessa feita a Abraão, essa necessidade terá que ser repassada a todos os integrantes dessa grande família. Assim é que Moisés, depois de ter, como os seus pais do passado, cultuado a Deus sozinho, em Horebe, vai receber desse mesmo Deus a ordem de construção do tabernáculo: “E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles” (Ex 25.8).
Com a construção do tabernáculo por Moisés e depois com a transformação dele em templo por Davi e Salomão, o sentido de um local em especial de culto a Deus se tornará definitivamente arraigado na consciência do povo, até a vinda do Filho de Deus. Embora isso tenha trazido algumas distorções, e era necessário que assim acontecesse para que a noção de igreja e não de templo se enraizasse na comunidade dos santos que iria se formar após a morte e ressurreição do Cordeiro de Deus.
Ali uma transformação radical vai ocorrer, quando com o sacrifício de Cristo no Calvário, o véu do templo se rasga, fracionando-se de alto a baixo em mil pedaços, talvez num simbolismo marcante de que a partir daquele momento o local de culto não mais seria exclusivamente o templo de Jerusalém. Mas aquele da reunião dos crentes em Cristo, onde quer que eles se encontrassem, por toda parte do mundo: “Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”( Mt 18.20 ). Ainda em João 4.21-23, o mesmo Jesus vai antecipar isso à mulher samaritana: “Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai (...). Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”
A igreja neotestamentária vai cumprir isso à risca, reunindo-se onde quer que fosse possível e com qualquer número de pessoas: nas dependências do próprio templo logo no início, num cenáculo em alguma casa de Jerusalém,na casa de Cornélio, em Cesaréia, em Samaria, na casa de Felipe, nas sinagogas por onde Paulo passava, à beira do rio em Filipos, na praia em Mileto, na casa de Filemom, em Colossos. Não importava mais o lugar, pois a igreja levava o templo consigo, já que o ato de culto era a razão de ser principal da vida do crente que, salvo pelo amor de Cristo queria agora cultuar de forma expressiva o Deus de toda a revelação.E esse culto, que não tinha mais o aparato do templo, tinha deixado também o ritualismo das práticas, o cerimonialismo do sacerdócio, o simbolismo do sacrifício, e tudo o mais que estava contido no culto do Antigo Testamento, pois a igreja, sim agora efetivamente Igreja, adentra-se “pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne (...)” (Hb 10.20).
O culto voltava assim às suas origens de reação intima e pessoal do crente na presença do Altíssimo. Embora em culto público, o que importa agora é a presença de deus em cada um dos participantes, de forma que individualmente estejam em culto, e não mais o rumor da multidão, o soar das trombetas, o brilho dos instrumentos, a fumaça no altar... A época ritualística havia passado, para deixar as suas marcas e simbolismos como inspiração, mas o evangelho que se iniciava vinha despojado dos símbolos do Antigo Testamento, em razão do novo memorial instituído por Cristo, com a singeleza do batismo e a simplicidade da Ceia do Senhor, que intrinsecamente representam o que o culto hoje deve ser.
A verdade também é que a própria falta de recursos materiais da Igreja cristã primitiva tornava o culto, agora, muito mais uma expressão do íntimo do crente do que uma manifestação com aparatos do rei e seus príncipes ou do clero sacerdotal. Templo não tinham. A arca da aliança havia desaparecido, e dela não precisavam. Vasos de ouro para os serviços eram agora inúteis e desnecessários. Candelabros e castiçais tinham sido substituídos pela Luz que para sempre brilharia. O altar do sacrifício fora destruído, pois se tornara ocioso e inócuo, desde o Gólgota. Enfim, o culto passaria a ter agora a marca da presença do Espírito Santo de Deus, convidando a igreja à reverência, à exaltação e à reflexão na vida de cada um dos seus membros, reflexão esta que, finalizando o processo, deve predispor o crente para a vida santa e produtiva.
Assim, o aspecto de riqueza e magnificência do culto nos tempos de Salomão no Antigo Testamento vai ceder lugar à simplicidade e submissão do culto do Novo testamento:
- o culto no qual Jesus ensinava aos discípulos, orava com eles, depois, cantavam um hino e, então saiam...
- o culto em que Paulo e Silas oravam e cantavam hinos diante dos presos no cárcere em Filipos...
- o culto que Paulo, escrevendo aos crentes em Éfeso, recomendava: “falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5.19).
Esse tipo de culto atravessou os séculos e chegou até os nossos dias. Sem dúvida, houve tentativas de modificações em toda essa trajetória, mas basicamente ele sobreviveu a tudo de mudança que aconteceu no mundo ao seu redor, em seus 20 séculos de prática e convivência.
Hoje, quando a Igreja de Cristo se reúne, embora estejamos alojados em templos modernos, com iluminação fluorescente, ar-condicionado ambiente, aparelhagem de som adequada, carpetes sob os pés, bancos estofados, vestidos de acordo com a última moda da estação, tendo sido trazidos para a igreja em carros de última geração, a nossa forma de culto deve respeitar aquela que, contida na Palavra de Deus, é a única que agrada a ele:
- O culto reverente, no qual a presença dele seja o fato mais importante e sensível aos participantes. A Bíblia, do Antigo ao Novo Testamento nos ensina isto: “tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Ex 3.5); “Guarda o teu pé, quando fores à casa de Deus” (Ec 5.1); “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração” (Mt 21.13).
- Culto de adoração e louvor, em que a pessoa de Deus é que seja efetivamente exaltada, e não os intérpretes ou intermediários que atuam ou cultuam. Novamente o Antigo e o Novo Testamentos nos ensinam: “Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão” (Ml 1.10). “Portanto vos ajuntais, não para melhor, mas para pior” (1Co 11.17); “Quando vos congregais (...) Faça-se tudo para edificação” (1Co 14.26); “Porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz” (‘Co 14.33).
- O culto de reflexão e introspecção, no qual a operação do Santo Espírito de Deus conduza a uma tal atmosfera de sentimento e avaliação interiores, que todos os participantes, ao dali saírem, não importa há quanto tempo sejam ou não crentes, o façam sempre como novas criaturas em Cristo Jesus. Mais uma vez o Antigo e o Novo Testamentos nos previnem: “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido (...) e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!” (Is 6.5); “e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele” (Lc 4.20); “Portanto mandei logo chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora pois estamos todos aqui presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto te foi ordenado pelo Senhor” (At 10.33).Sim, porque o culto a Deus deve conter tudo aquilo que está sintetizado em Isaías capítulo 6, texto que para os estudiosos da liturgia expressa o ideal maior em termos de culto, encontrado na Palavra de Deus: adoração e louvor (v.3), contrição e confissão (v.5), proclamação e consagração (v.8), partes estas que têm que possuir como envoltório e envolvimento propícios ao ambiente em que devem transcorrer os sentimentos de reverência, exaltação e reflexão a permear a real participação de cada vida presente ao ato:
- Reverência diante do Senhor de todas as coisas que ali está presente! Exaltação sincera diante do Deus Todo-Poderoso que governa o mundo e o Universo! Reflexão intima diante do Deus que tudo sabe e que conhece os nossos pensamentos! Ou seja, um verdadeiro ato de culto ao Deus Onipresente, Onipotente e Onisciente, que fazia um Moisés esconder o rosto (Ex 3.6), um Isaías sentir-se perdido (Is 6.5), o Cristo curvar-se de joelhos (Lc 22.41)!
Mas a grande verdade é que o culto moderno está tentando de tudo, menos aqueles atributos básicos de sua gênese e razão de ser, atributos esses expressos não na aparente contrição imposta pelo ambiente, mas na reverência sincera e íntima da alma contrita diante de Deus. Não no louvor de esgares ou trejeitos, mas na exaltação sublime, porém discreta. Não na emoção que leva ao ativismo, mas na reflexão que conduz à disposição para o viver cristão! Tudo isso porque o culto sempre foi algo especial para a vida interior do homem e não para o seu aspecto exterior.
As igrejas de hoje corem o perigo de, para se sentirem possuidores da linguagem moderna da comunicação, donas dos padrões da modernidade do marketing, atraentes às multidões e atualizadas, terem que apelar para as novidades mais esdrúxulas e mesmo ridículas no ato do culto.
Neste festival, e não culto, há de tudo:
- os que sopram o espírito...
- os que o lançam por intermédio de suas vestes...
- os que gritam e se arrojam ao chão...
- os que contam testemunhos das coisas mais pueris, como se milagres fossem...
- os guias espirituais em mangas de camisa que descem do púlpito a pretexto de melhor comunicar...
- o pouco caso que se dá ao estudo bíblico, que é tido como algo ultrapassado, pois “o que Deus aprecia mesmo é o êxtase do louvor”...
- os óculos jogados fora, pois “Deus vai curar a sua visão”, ou a boca aberta para mostrar os dentes de ouro recebidos do Senhor...
- os convites para ofertas parceladas, de acordo com as bênçãos que se pretende receber...
- a algaravia ou confusão de palavras, à guisa de falar línguas estranhas, como manifestação de poder, santidade e espiritualidade...
- o anúncio de prosperidade, solução para os problemas de emprego e família, milagres e sinais, ridículos muitas vezes, e quase sempre de comprovação duvidosa ou pelo menos dúbia...
Pior ainda é que há pastores, sinceros e bem-intencionados, que embarcam nessa onda, na justificativa de que o nosso povo tão sofrido e desesperançado precisa mesmo disso. Afinal de contas, justificam, “esse povo precisa de alguma ilusão”, do aceno de algo que o atinja e toque no aspecto emocional, para sustentá-lo e motivá-lo, como se o evangelho de Cristo fosse algum analgésico ou estimulante psíquico, para ser ministrado às pessoas em doses paliativas e regulares.E por aí vai a igreja de nossos dias, perdendo a sua identidade de fé, esperança e amor, que se expressa pela experiência íntima de reverência, exaltação e reflexão que seus cultos devem transmitir, em prol de uma dita, ou melhor, maldita modernidade ou novidade, que tem que ser adotada para mantê-la de pé, segundo os seus lideres, quando na realidade a está levando para o fundo da degradação e do descrédito de pelo menos uma boa parte da sociedade de hoje, pela descaracterização de sua identidade.
Num de seus sermões, o Padre Antonio Vieira (1608-1697), em pleno século XVII, já clamava contra isso:” Não temo o que é novo por ser novo...temo perder o que é velho, simplesmente por ser velho”.
Se isto já acontecia há 300 anos, o que não dizer do problema em nossos dias?... As coisas antigas estão sendo desprezadas, postas de lado, unicamente por serem antigas. Aquilo que foi provado, testado e comprovado ao longo de anos de uso e de resultados positivos é ridicularizado, achincalhado, unicamente por ser antigo ou velho.
Logicamente a posição da igreja também não deve ser contrária à novidade simplesmente por ser novidade, mas apenas que o antigo não deve ser jogado fora unicamente porque surgiu algo novo. A manutenção de formas e conceitos antigos é fundamental para que, pela análise dos fatos novos, possamos encontrar os melhores caminhos para o amanhã, sem desprezar o antigo, nem mesmo o novo.
Este embate atinge a nossa sociedade em todos os seus segmentos: em nosso lar, no mundo profissional, na indústria de alimentação, na área da informática, no campo dos aparelhos eletrônicos, no setor dos automóveis, no contexto da tecnologia de ponta e também na igreja. Os que procuram ser cautelosos com as novidades e zelam pela manutenção das formas tradicionais ou antigas são chamados de retrógrados, antiquados, conservadores e até mesmo num misto de zombaria e ridículo, de quadrados. Ou seja, o relógio que funciona a corda não presta mais, pois hoje existe o quartzo.O que me espanta é que os críticos dessa postura eclesiástica mais tradicional não se apercebem de que, em matéria de culto a Deus, os parâmetros já foram estabelecidos até há dois mil anos. Não podemos escrever outra Bíblia! Não podemos modificar os padrões que, de uma forma sublime e maravilhosa, foram implementados pelo próprio Senhor do culto. Ele mesmo exigiu isso, por meio de recomendações taxativas que, embora se apliquem a diversas outras áreas do viver cristão, hoje são também muito próprias para o cuidado que devemos ter com o culto:
- em Provérbios 22.28, o sábio escritor sacro exclama: “Não removas os limites antigos que teus pais fixaram”;
- em Jeremias 6.16, o profeta ouvia de Deus uma declaração categórica diante de um povo que sofria as conseqüências de ter se afastado de sua vontade: “Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele”;
- em 2Tessalonicenses 2.15, o apóstolo que rompeu com o tradicionalismo judaico vai dizer agora, a respeito da novidade do culto cristão: “Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.!
Ou seja, a igreja, o evangelho, o viver cristão não devem ser movidos açodadamente pelos ventos da modernidade. Eles não precisam disto, pois o Senhor os renova naquilo que é fundamental e verdadeiro: em sua mensagem e poder transformador:- o viver cristão há que ser mesmo conservador, pois parte de uma experiência duas vezes milenar...
- o evangelho há que adotar mesmo padrões tidos com antigos, preconceituosos até, como acusam os críticos modernos, porque repousa em conceitos que já têm vinte séculos de aplicação...
- a igreja há que ser mesmo tradicional, porque é a porta-voz para um mundo que se transforma a todo instante, de um Deus que nunca muda, que foi, que é, e que será!
O que precisamos apreender, para então proceder com retidão diante de Deus,é que o culto é essencialmente um ato memorial. Tal como a ceia e o batismo que foram constituídos como ordenanças pelo Senhor Jesus e praticados pela igreja desde o seu início, em observância estrita ao que ele determinou, assim deve ser a nossa presença no culto.
Naturalmente algumas adaptações tiveram que ser feitas: os cálices para uma multidão, os porta-cálices, o pão previamente partido, o vinho ou o suco da fruta colocados de antemão nos recipientes, bem como a construção de batistérios, a roupa dos batizandos etc. Foram formas que a Igreja, através dos tempos, teve que encontrar para se ajustar às suas circunstâncias, mas intrinsecamente quando estamos participando de tais cultos, estamos remontando aos tempos de Cristo, quando ele os instituiu na sua simplicidade e singularidade.
Assim deve ser como tudo o mais que se relaciona ao culto da Igreja de Cristo em nossos dias:
A Fé, a Esperança e o Amo têm que ser transmitidos a todos os participantes: pela atmosfera de reverência que devemos ter diante dele, pelo sentimento íntimo de exaltação pessoal que devemos sentir na presença dele, pelo sentido de reflexão que devemos alcançar, em decorrência da mensagem que dele recebemos, e que nos conduz à vida e ao serviço! E não pelos modismos e novidades que nada têm a ver com a sua origem divina e com a prática que a Bíblia nos ensinou.
Foi Giuseppe Verdi (1813-1901), o notável compositor italiano, que em pleno século passado, diante das inovações que tentavam mudar a música a que se dedicava, exclamou, como uma inspiração para nós: “Voltemos ao antigo! Será um progresso!” Se no campo da música é assim, para nós, crentes, voltar à e intensa espiritualidade, era sempre um progresso, um enorme progresso.”
(Texto retirado na íntegra do livro “Quando a Igreja Fracassa” de autoria de Almir dos Santos Gonçalves Júnior- JUERP-1995)
Muito importante para uma análise atual do comportamento de muitas igrejas e grupos tidos como evangélicos e respaldados na Palavra de Deus é o comentário emitido pelo irmão Almir dos Santos Gonçalves Júnior em 1995 no seu livro “Quando a Igreja Fracassa- Sinalizando à igreja sobre alguns perigos modernos que podem levá-la ao fracasso” acerca do perigo que estamos correndo quando deixamos que a Igreja, muitas vezes sem o perceber, perca a sua identidade com os ditames bíblicos.
O texto que extraímos abaixo refere-se a um dos tópicos analisados pelo irmão sobre algumas formas pelas quais a Igreja perde a sua identidade.
A PERDA DA IDENTIDADE PELA NOVIDADE
(...) grande área que desfigura a identidade original da Igreja de cristo como agência de Fé, Amor e Esperança é a ênfase que estamos dando à necessidade de levar a igreja a falar a linguagem moderna ou a adotar os padrões de comunicação do mundo de hoje, com o fim de torná-la atuante e dinâmica e em condições de atrair os perdidos.
Essa preocupação é extremamente grave, pois ela vem atingir aquilo que de mais importante a igreja trouxe consigo do passado e que vem a ser exatamente a própria razão de ser da sua existência: o ato do culto.Sim, porque tudo o mais que a Igreja hoje representa é secundário ou subordinado ao ato de culto a Deus. O estudo bíblico, o preparo dos crentes, a pregação do evangelho, o relacionamento fraterno entre os irmãos, as ações sociais em favor dos marginalizados, embora eminentemente implícitos no ato de culto, tudo isto se organizou depois, muito depois que a Igreja se constituiu em sua gênese.
Ela surgiu no tempo ainda quando sequer tinha esse nome, pela necessidade do homem em cultuar, em adorar e em reverenciar o ser supremo que ele sentia existir acima dele. Foi assim quando, depois do pecado original, sem que soubéssemos por que, Caim e Abel cultuaram a Deus pelas primícias de suas obras. Depois, quando Enoque, numa forma de culto que devíamos copiar, andava com Deus. O mesmo que Noé, seu bisneto, iria fazer. E, mais tarde ainda, quando Abraão, depois que o Senhor lhe falou ao pé do carvalho de Moré, construiu ali um altar...
O começo está aí. Abraão em Moré, Jacó em Betel, Isaque no Negebe, nada mais faziam do que os seus antepassados Caim, Abel, Enoque e Noé fizeram. A busca do ser criado pelo relacionamento com o ser Criador: o cultuar!
O que eles não sabiam é que, com esses atos isolados, estavam dando origem àquilo que muito mais tarde seria denominado Igreja. No inicio da revelação divina ao homem eles foram os instrumentos para que a noção de culto e reverência ao Pai se fizessem presentes na vida.
Com o crescimento do povo da promessa feita a Abraão, essa necessidade terá que ser repassada a todos os integrantes dessa grande família. Assim é que Moisés, depois de ter, como os seus pais do passado, cultuado a Deus sozinho, em Horebe, vai receber desse mesmo Deus a ordem de construção do tabernáculo: “E me farão um santuário, para que eu habite no meio deles” (Ex 25.8).
Com a construção do tabernáculo por Moisés e depois com a transformação dele em templo por Davi e Salomão, o sentido de um local em especial de culto a Deus se tornará definitivamente arraigado na consciência do povo, até a vinda do Filho de Deus. Embora isso tenha trazido algumas distorções, e era necessário que assim acontecesse para que a noção de igreja e não de templo se enraizasse na comunidade dos santos que iria se formar após a morte e ressurreição do Cordeiro de Deus.
Ali uma transformação radical vai ocorrer, quando com o sacrifício de Cristo no Calvário, o véu do templo se rasga, fracionando-se de alto a baixo em mil pedaços, talvez num simbolismo marcante de que a partir daquele momento o local de culto não mais seria exclusivamente o templo de Jerusalém. Mas aquele da reunião dos crentes em Cristo, onde quer que eles se encontrassem, por toda parte do mundo: “Pois onde se acham dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”( Mt 18.20 ). Ainda em João 4.21-23, o mesmo Jesus vai antecipar isso à mulher samaritana: “Mulher, crê-me, a hora vem, em que nem neste monte, nem em Jerusalém adorareis o Pai (...). Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade; porque o Pai procura a tais que assim o adorem.”
A igreja neotestamentária vai cumprir isso à risca, reunindo-se onde quer que fosse possível e com qualquer número de pessoas: nas dependências do próprio templo logo no início, num cenáculo em alguma casa de Jerusalém,na casa de Cornélio, em Cesaréia, em Samaria, na casa de Felipe, nas sinagogas por onde Paulo passava, à beira do rio em Filipos, na praia em Mileto, na casa de Filemom, em Colossos. Não importava mais o lugar, pois a igreja levava o templo consigo, já que o ato de culto era a razão de ser principal da vida do crente que, salvo pelo amor de Cristo queria agora cultuar de forma expressiva o Deus de toda a revelação.E esse culto, que não tinha mais o aparato do templo, tinha deixado também o ritualismo das práticas, o cerimonialismo do sacerdócio, o simbolismo do sacrifício, e tudo o mais que estava contido no culto do Antigo Testamento, pois a igreja, sim agora efetivamente Igreja, adentra-se “pelo caminho que ele nos inaugurou, caminho novo e vivo, através do véu, isto é, da sua carne (...)” (Hb 10.20).
O culto voltava assim às suas origens de reação intima e pessoal do crente na presença do Altíssimo. Embora em culto público, o que importa agora é a presença de deus em cada um dos participantes, de forma que individualmente estejam em culto, e não mais o rumor da multidão, o soar das trombetas, o brilho dos instrumentos, a fumaça no altar... A época ritualística havia passado, para deixar as suas marcas e simbolismos como inspiração, mas o evangelho que se iniciava vinha despojado dos símbolos do Antigo Testamento, em razão do novo memorial instituído por Cristo, com a singeleza do batismo e a simplicidade da Ceia do Senhor, que intrinsecamente representam o que o culto hoje deve ser.
A verdade também é que a própria falta de recursos materiais da Igreja cristã primitiva tornava o culto, agora, muito mais uma expressão do íntimo do crente do que uma manifestação com aparatos do rei e seus príncipes ou do clero sacerdotal. Templo não tinham. A arca da aliança havia desaparecido, e dela não precisavam. Vasos de ouro para os serviços eram agora inúteis e desnecessários. Candelabros e castiçais tinham sido substituídos pela Luz que para sempre brilharia. O altar do sacrifício fora destruído, pois se tornara ocioso e inócuo, desde o Gólgota. Enfim, o culto passaria a ter agora a marca da presença do Espírito Santo de Deus, convidando a igreja à reverência, à exaltação e à reflexão na vida de cada um dos seus membros, reflexão esta que, finalizando o processo, deve predispor o crente para a vida santa e produtiva.
Assim, o aspecto de riqueza e magnificência do culto nos tempos de Salomão no Antigo Testamento vai ceder lugar à simplicidade e submissão do culto do Novo testamento:
- o culto no qual Jesus ensinava aos discípulos, orava com eles, depois, cantavam um hino e, então saiam...
- o culto em que Paulo e Silas oravam e cantavam hinos diante dos presos no cárcere em Filipos...
- o culto que Paulo, escrevendo aos crentes em Éfeso, recomendava: “falando entre vós em salmos, e hinos, e cânticos espirituais, cantando e salmodiando ao Senhor no vosso coração” (Ef 5.19).
Esse tipo de culto atravessou os séculos e chegou até os nossos dias. Sem dúvida, houve tentativas de modificações em toda essa trajetória, mas basicamente ele sobreviveu a tudo de mudança que aconteceu no mundo ao seu redor, em seus 20 séculos de prática e convivência.
Hoje, quando a Igreja de Cristo se reúne, embora estejamos alojados em templos modernos, com iluminação fluorescente, ar-condicionado ambiente, aparelhagem de som adequada, carpetes sob os pés, bancos estofados, vestidos de acordo com a última moda da estação, tendo sido trazidos para a igreja em carros de última geração, a nossa forma de culto deve respeitar aquela que, contida na Palavra de Deus, é a única que agrada a ele:
- O culto reverente, no qual a presença dele seja o fato mais importante e sensível aos participantes. A Bíblia, do Antigo ao Novo Testamento nos ensina isto: “tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa” (Ex 3.5); “Guarda o teu pé, quando fores à casa de Deus” (Ec 5.1); “E disse-lhes: Está escrito: A minha casa será chamada casa de oração” (Mt 21.13).
- Culto de adoração e louvor, em que a pessoa de Deus é que seja efetivamente exaltada, e não os intérpretes ou intermediários que atuam ou cultuam. Novamente o Antigo e o Novo Testamentos nos ensinam: “Eu não tenho prazer em vós, diz o Senhor dos exércitos, nem aceitarei oferta da vossa mão” (Ml 1.10). “Portanto vos ajuntais, não para melhor, mas para pior” (1Co 11.17); “Quando vos congregais (...) Faça-se tudo para edificação” (1Co 14.26); “Porque Deus não é Deus de confusão, mas sim de paz” (‘Co 14.33).
- O culto de reflexão e introspecção, no qual a operação do Santo Espírito de Deus conduza a uma tal atmosfera de sentimento e avaliação interiores, que todos os participantes, ao dali saírem, não importa há quanto tempo sejam ou não crentes, o façam sempre como novas criaturas em Cristo Jesus. Mais uma vez o Antigo e o Novo Testamentos nos previnem: “Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido (...) e os meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos!” (Is 6.5); “e os olhos de todos na sinagoga estavam fitos nele” (Lc 4.20); “Portanto mandei logo chamar-te, e bem fizeste em vir. Agora pois estamos todos aqui presentes diante de Deus, para ouvir tudo quanto te foi ordenado pelo Senhor” (At 10.33).Sim, porque o culto a Deus deve conter tudo aquilo que está sintetizado em Isaías capítulo 6, texto que para os estudiosos da liturgia expressa o ideal maior em termos de culto, encontrado na Palavra de Deus: adoração e louvor (v.3), contrição e confissão (v.5), proclamação e consagração (v.8), partes estas que têm que possuir como envoltório e envolvimento propícios ao ambiente em que devem transcorrer os sentimentos de reverência, exaltação e reflexão a permear a real participação de cada vida presente ao ato:
- Reverência diante do Senhor de todas as coisas que ali está presente! Exaltação sincera diante do Deus Todo-Poderoso que governa o mundo e o Universo! Reflexão intima diante do Deus que tudo sabe e que conhece os nossos pensamentos! Ou seja, um verdadeiro ato de culto ao Deus Onipresente, Onipotente e Onisciente, que fazia um Moisés esconder o rosto (Ex 3.6), um Isaías sentir-se perdido (Is 6.5), o Cristo curvar-se de joelhos (Lc 22.41)!
Mas a grande verdade é que o culto moderno está tentando de tudo, menos aqueles atributos básicos de sua gênese e razão de ser, atributos esses expressos não na aparente contrição imposta pelo ambiente, mas na reverência sincera e íntima da alma contrita diante de Deus. Não no louvor de esgares ou trejeitos, mas na exaltação sublime, porém discreta. Não na emoção que leva ao ativismo, mas na reflexão que conduz à disposição para o viver cristão! Tudo isso porque o culto sempre foi algo especial para a vida interior do homem e não para o seu aspecto exterior.
As igrejas de hoje corem o perigo de, para se sentirem possuidores da linguagem moderna da comunicação, donas dos padrões da modernidade do marketing, atraentes às multidões e atualizadas, terem que apelar para as novidades mais esdrúxulas e mesmo ridículas no ato do culto.
Neste festival, e não culto, há de tudo:
- os que sopram o espírito...
- os que o lançam por intermédio de suas vestes...
- os que gritam e se arrojam ao chão...
- os que contam testemunhos das coisas mais pueris, como se milagres fossem...
- os guias espirituais em mangas de camisa que descem do púlpito a pretexto de melhor comunicar...
- o pouco caso que se dá ao estudo bíblico, que é tido como algo ultrapassado, pois “o que Deus aprecia mesmo é o êxtase do louvor”...
- os óculos jogados fora, pois “Deus vai curar a sua visão”, ou a boca aberta para mostrar os dentes de ouro recebidos do Senhor...
- os convites para ofertas parceladas, de acordo com as bênçãos que se pretende receber...
- a algaravia ou confusão de palavras, à guisa de falar línguas estranhas, como manifestação de poder, santidade e espiritualidade...
- o anúncio de prosperidade, solução para os problemas de emprego e família, milagres e sinais, ridículos muitas vezes, e quase sempre de comprovação duvidosa ou pelo menos dúbia...
Pior ainda é que há pastores, sinceros e bem-intencionados, que embarcam nessa onda, na justificativa de que o nosso povo tão sofrido e desesperançado precisa mesmo disso. Afinal de contas, justificam, “esse povo precisa de alguma ilusão”, do aceno de algo que o atinja e toque no aspecto emocional, para sustentá-lo e motivá-lo, como se o evangelho de Cristo fosse algum analgésico ou estimulante psíquico, para ser ministrado às pessoas em doses paliativas e regulares.E por aí vai a igreja de nossos dias, perdendo a sua identidade de fé, esperança e amor, que se expressa pela experiência íntima de reverência, exaltação e reflexão que seus cultos devem transmitir, em prol de uma dita, ou melhor, maldita modernidade ou novidade, que tem que ser adotada para mantê-la de pé, segundo os seus lideres, quando na realidade a está levando para o fundo da degradação e do descrédito de pelo menos uma boa parte da sociedade de hoje, pela descaracterização de sua identidade.
Num de seus sermões, o Padre Antonio Vieira (1608-1697), em pleno século XVII, já clamava contra isso:” Não temo o que é novo por ser novo...temo perder o que é velho, simplesmente por ser velho”.
Se isto já acontecia há 300 anos, o que não dizer do problema em nossos dias?... As coisas antigas estão sendo desprezadas, postas de lado, unicamente por serem antigas. Aquilo que foi provado, testado e comprovado ao longo de anos de uso e de resultados positivos é ridicularizado, achincalhado, unicamente por ser antigo ou velho.
Logicamente a posição da igreja também não deve ser contrária à novidade simplesmente por ser novidade, mas apenas que o antigo não deve ser jogado fora unicamente porque surgiu algo novo. A manutenção de formas e conceitos antigos é fundamental para que, pela análise dos fatos novos, possamos encontrar os melhores caminhos para o amanhã, sem desprezar o antigo, nem mesmo o novo.
Este embate atinge a nossa sociedade em todos os seus segmentos: em nosso lar, no mundo profissional, na indústria de alimentação, na área da informática, no campo dos aparelhos eletrônicos, no setor dos automóveis, no contexto da tecnologia de ponta e também na igreja. Os que procuram ser cautelosos com as novidades e zelam pela manutenção das formas tradicionais ou antigas são chamados de retrógrados, antiquados, conservadores e até mesmo num misto de zombaria e ridículo, de quadrados. Ou seja, o relógio que funciona a corda não presta mais, pois hoje existe o quartzo.O que me espanta é que os críticos dessa postura eclesiástica mais tradicional não se apercebem de que, em matéria de culto a Deus, os parâmetros já foram estabelecidos até há dois mil anos. Não podemos escrever outra Bíblia! Não podemos modificar os padrões que, de uma forma sublime e maravilhosa, foram implementados pelo próprio Senhor do culto. Ele mesmo exigiu isso, por meio de recomendações taxativas que, embora se apliquem a diversas outras áreas do viver cristão, hoje são também muito próprias para o cuidado que devemos ter com o culto:
- em Provérbios 22.28, o sábio escritor sacro exclama: “Não removas os limites antigos que teus pais fixaram”;
- em Jeremias 6.16, o profeta ouvia de Deus uma declaração categórica diante de um povo que sofria as conseqüências de ter se afastado de sua vontade: “Ponde-vos nos caminhos, e vede, e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele; e achareis descanso para as vossas almas. Mas eles disseram: Não andaremos nele”;
- em 2Tessalonicenses 2.15, o apóstolo que rompeu com o tradicionalismo judaico vai dizer agora, a respeito da novidade do culto cristão: “Assim, pois, irmãos, estai firmes e conservai as tradições que vos foram ensinadas, seja por palavra, seja por epístola nossa.!
Ou seja, a igreja, o evangelho, o viver cristão não devem ser movidos açodadamente pelos ventos da modernidade. Eles não precisam disto, pois o Senhor os renova naquilo que é fundamental e verdadeiro: em sua mensagem e poder transformador:- o viver cristão há que ser mesmo conservador, pois parte de uma experiência duas vezes milenar...
- o evangelho há que adotar mesmo padrões tidos com antigos, preconceituosos até, como acusam os críticos modernos, porque repousa em conceitos que já têm vinte séculos de aplicação...
- a igreja há que ser mesmo tradicional, porque é a porta-voz para um mundo que se transforma a todo instante, de um Deus que nunca muda, que foi, que é, e que será!
O que precisamos apreender, para então proceder com retidão diante de Deus,é que o culto é essencialmente um ato memorial. Tal como a ceia e o batismo que foram constituídos como ordenanças pelo Senhor Jesus e praticados pela igreja desde o seu início, em observância estrita ao que ele determinou, assim deve ser a nossa presença no culto.
Naturalmente algumas adaptações tiveram que ser feitas: os cálices para uma multidão, os porta-cálices, o pão previamente partido, o vinho ou o suco da fruta colocados de antemão nos recipientes, bem como a construção de batistérios, a roupa dos batizandos etc. Foram formas que a Igreja, através dos tempos, teve que encontrar para se ajustar às suas circunstâncias, mas intrinsecamente quando estamos participando de tais cultos, estamos remontando aos tempos de Cristo, quando ele os instituiu na sua simplicidade e singularidade.
Assim deve ser como tudo o mais que se relaciona ao culto da Igreja de Cristo em nossos dias:
A Fé, a Esperança e o Amo têm que ser transmitidos a todos os participantes: pela atmosfera de reverência que devemos ter diante dele, pelo sentimento íntimo de exaltação pessoal que devemos sentir na presença dele, pelo sentido de reflexão que devemos alcançar, em decorrência da mensagem que dele recebemos, e que nos conduz à vida e ao serviço! E não pelos modismos e novidades que nada têm a ver com a sua origem divina e com a prática que a Bíblia nos ensinou.
Foi Giuseppe Verdi (1813-1901), o notável compositor italiano, que em pleno século passado, diante das inovações que tentavam mudar a música a que se dedicava, exclamou, como uma inspiração para nós: “Voltemos ao antigo! Será um progresso!” Se no campo da música é assim, para nós, crentes, voltar à e intensa espiritualidade, era sempre um progresso, um enorme progresso.”
(Texto retirado na íntegra do livro “Quando a Igreja Fracassa” de autoria de Almir dos Santos Gonçalves Júnior- JUERP-1995)
RELIGIÃO? QUE CONFUSÃO!!
RELIGIÃO? QUE CONFUSÃO!!
Quantas seitas existem no mundo hoje em dia?
Quantas religiões, quantas denominações, místicas, pensamentos positivistas, etc...
Surgem então as fatídicas perguntas:
-Qual é a religião certa? Qual o caminho correto a seguir?
- Onde realmente encontrar descanso e paz, certeza de estar buscando um verdadeiro DEUS?
Eu quero dizer a você, que as perguntas acima, são realmente de difíceis respostas! Se eu estivesse em seu lugar, minha preocupação seria enorme também. A violência dispara em nossos dias, como e qual será o amanhã, e nossos filhos, nossas crianças, desemprego, doenças sem cura, falta de confiança de tudo e em todos, etc...
Daí, surgem como que do nada, promessas de total resolução de seus problemas, sua vida financeira, sentimental, emocional, a cura de "todas" as enfermidades, etc... você não tem mais sofrimento!
CUIDADO!! Jesus o Mestre, sim Ele tem autoridade para afirmar: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida;ninguém vem ao Pai senão por Mim" (João 14:6); Ele que afirmou: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" (João 8:32); também afirma na mesma Palavra o seguinte: "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (João 16:33): “ Não peço que os tires do mundo, mas sim que os livres do mal” (João 17:15).
É isto sim! O Senhor Jesus Cristo, “nunca” enganou a ninguém, tampouco Sua Palavra, a Bíblia, tem a intenção de fazê-lo.
Gostaria que você pudesse considerar algo:
DEUS tem o melhor para suas criaturas; por isso deu Seu melhor, “Jesus”, Seu filho Amado, para morrer e dar sua vida em uma cruz, tudo por nós pecadores!!
Talvez você seja mais uma pessoa desiludida com igrejas, cansou de ser explorado por gente inescrupulosa que só levou seu dinheiro, juntamente com sua fé e confiança em algo, sua esperança está quase morta!
Tente Jesus!! Só Ele pode dar a confiança e alegria à sua vida, só Ele pode trazer paz, em meio às lutas e dificuldades que temos no nosso dia-a-dia!
Tente, faça uma prova, e descubra que Alguém o ama, sem interesses ou intenções.
JESUS AMA SUA VIDA!! NÓS TAMBÉM AMAMOS VOCÊ!!
Pr. Omar
(Extraído do folheto de evangelização da Igreja Batista Renovada Água da Vida, pastoreada pelo Pastor Omar Bianchi)
Quantas seitas existem no mundo hoje em dia?
Quantas religiões, quantas denominações, místicas, pensamentos positivistas, etc...
Surgem então as fatídicas perguntas:
-Qual é a religião certa? Qual o caminho correto a seguir?
- Onde realmente encontrar descanso e paz, certeza de estar buscando um verdadeiro DEUS?
Eu quero dizer a você, que as perguntas acima, são realmente de difíceis respostas! Se eu estivesse em seu lugar, minha preocupação seria enorme também. A violência dispara em nossos dias, como e qual será o amanhã, e nossos filhos, nossas crianças, desemprego, doenças sem cura, falta de confiança de tudo e em todos, etc...
Daí, surgem como que do nada, promessas de total resolução de seus problemas, sua vida financeira, sentimental, emocional, a cura de "todas" as enfermidades, etc... você não tem mais sofrimento!
CUIDADO!! Jesus o Mestre, sim Ele tem autoridade para afirmar: "Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida;ninguém vem ao Pai senão por Mim" (João 14:6); Ele que afirmou: "Conhecereis a Verdade e a Verdade vos libertará" (João 8:32); também afirma na mesma Palavra o seguinte: "no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo” (João 16:33): “ Não peço que os tires do mundo, mas sim que os livres do mal” (João 17:15).
É isto sim! O Senhor Jesus Cristo, “nunca” enganou a ninguém, tampouco Sua Palavra, a Bíblia, tem a intenção de fazê-lo.
Gostaria que você pudesse considerar algo:
DEUS tem o melhor para suas criaturas; por isso deu Seu melhor, “Jesus”, Seu filho Amado, para morrer e dar sua vida em uma cruz, tudo por nós pecadores!!
Talvez você seja mais uma pessoa desiludida com igrejas, cansou de ser explorado por gente inescrupulosa que só levou seu dinheiro, juntamente com sua fé e confiança em algo, sua esperança está quase morta!
Tente Jesus!! Só Ele pode dar a confiança e alegria à sua vida, só Ele pode trazer paz, em meio às lutas e dificuldades que temos no nosso dia-a-dia!
Tente, faça uma prova, e descubra que Alguém o ama, sem interesses ou intenções.
JESUS AMA SUA VIDA!! NÓS TAMBÉM AMAMOS VOCÊ!!
Pr. Omar
(Extraído do folheto de evangelização da Igreja Batista Renovada Água da Vida, pastoreada pelo Pastor Omar Bianchi)
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