domingo, fevereiro 28, 2010

REALIDADES CHOCANTES SOBRE A FAMÍLIA

MUDANÇAS QUE VÊM OCORRENDO NESTAS ÚLTIMAS QUATRO DÉCADAS
1- O agravamento da crise da família vem se acentuando nestas últimas quatro décadas como labaredas sem controle. Há uma clara deterioração das relações inter-pessoais que é, basicamente, fruto do distanciamento do homem, de Deus. Isso tem gerado uma terrível crise social em nível mundial. Essa crise resulta na violência urbana que assusta e se multiplica geometricamente. A violência, por sua vez, gera o medo, a agressividade e o distanciamento uns dos outros – uma séria ruptura social. Nos grandes aglomeramentos urbanos é cada vez mais crescente o número de pessoas que vivem isoladas ou morando sozinhas. Por exemplo: em Paris existem dois milhões de indivíduos residindo sozinhos, dente os 9,3 milhões de habitantes de sua área; podemos alinhar alguns dos motivos de tal procedimento: de um lado, o número de divórcios que vem aumentando cada vez mais; de outro, o número de pessoas que preferem ficar solteiras a assumir qualquer compromisso, uma vez que o “problema sexual” para o mundo “já está resolvido” e não há mais necessidade de se constituir família; e, ainda, o número de viúvas e de viúvos que preferem ficar como estão.
2- Há quatro décadas o individuo, geralmente, ao chegar aos 21 anos partia para o matrimônio. Era a hora de procurar uma moça direita, séria, e virgem para namorar, ficar noivo, casar, depois ter um ou dois filhos; tudo nessa ordem quase automática. Já a mulher que aos 21 anos não tivesse enxoval pronto e namorado firme ou noivado quase engatilhado, poderia entrar em desespero pela iminência de se tornar uma “solteirona” irremediável. Esse padrão de comportamento até certo ponto ideal, tem sofrido uma mudança completa.
3- Uma recente pesquisa dói instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Fundação Estadual de Sistemas de Análises de Dados, informa:

a) Existem no Brasil 38 milhões de núcleos familiares (família) com 3,9 membros e a média de 1.9 filhos cada;
b) Há 18% de mulheres chefiando os seus lares (por imposição social). A renda média por família é de 0,5 a 5 salários mínimos em 70% do total;
c) Observou-se uma queda de 17% na taxa de casamentos (novos lares) e cerca de 40% de separações, as mais diversas. A estatística, que abrange o período de 1981/1990 indica, ainda que existem 39% de famílias UNICELULARES, ou seja, pessoas que, após a separação, vivem sozinhas ou com seus filhos. Entretanto o problema aflitivo e assustador do menor abandonado, violentado em seus direitos elementares, o da prostituição, como resultado também dos divórcios e separações e o da fome de mais de 30 milhões de brasileiros, sequer foi levantado por aquela instituição pública. Sabemos, porém, de sua terrível realidade.
4- O sociólogo e historiador Carle Zimmerman em seu livro FAMÍLIA E CIVILIZAÇÃO (1947), publicou suas profundas observações sobre a relação existente entre a desintegração de várias culturas, paralelamente ao declínio da vida familiar das mesmas. Oito características específicas no comportamento doméstico determinam a queda de cada cultura por ele estudada:
1) Casamentos que perdem sua qualidade de “sagrado” frequentemente terminam em divórcio;
2) O significado tradicional da cerimônia do casamento é perdido;
3) Proliferação do movimento feminista;
4) O desrespeito público aos pais e autoridades em geral;
5) O aumento da delinqüência juvenil, promiscuidade e rebelião;
6) Relutância e até mesmo recusa em aceitar os padrões tradicionais para o casamento e a responsabilidade familiar;
7) Crescente desejo de aceitar-se o adultério;
8) Interesse sempre maior por perversões sexuais. Aumento dos crimes relativos a sexo.
Parece-nos que esse homem publicou suas profundas observações sobre a família, não em 1947, mas na década de 90.
Certamente, Carle Zimmerman foi um profeta, prevendo o que aconteceria nos 50 anos seguintes.
A família, realmente não vai bem. E todos comentam a mesma coisa.
· Mais de 30% dos adolescentes e jovens brasileiros evangélicos são sexualmente ativos.
· 89% dos jovens brasileiros, em geral, se casaram sem ser virgens (de acordo com uma recente pesquisa da Revista VEJA).
· 5.000.000 de abortos são praticados anualmente, dos quais, a grande maioria é feita clandestinamente.
Uma criança que assista duas horas de televisão por dia, até a maioridade, terá tomado contato com 15.184 piadas sobre sexo, 96.798 cenas de nudez e mais de 163.000 tiros, além de ter presenciado mais de 130.000 assassinatos.
5- Podemos alinhar alguns dos principais motivos dessa degeneração e fragmentação da família:
a) O casamento para a maioria das pessoas tem sido conceituado como um “simples contrato social ou comercial” que a qualquer momento ou por qualquer motivo banal pode ser dissolvido, rescindido e cancelado.
b) Tal fato deriva-se do não reconhecimento, consciente ou não, de que o casamento é UMA INSTITUIÇÃO DIVINA e não uma invenção humana (Gn 2.18-25).
c) Sendo o matrimônio a primeira instituição divina – uma união INDISSOLÚVEL santa e gloriosa (Marcos 10.9), deve a todo o custo permanecer. Mas o que tem prevalecido é exatamente o contrário.
d) A crise econômica por que passa o mundo inteiro e de maneira mais grave o chamado “Terceiro Mundo”, tem obrigado a esposa a procurar trabalho fora dpo seu domicílio para completar o sempre apertado orçamento familiar. Ocorre, em muitos casos, que as mulheres gostaram da experiência e assumiram um papel que lhes era negado na estrutura patriarcal ou tradicional da sociedade, gerando com isso, uma certa independência do homem e conflitos conjugais que quase sempre resultam na separação. Louvamos a iniciativa de mães e esposas que buscam lá fora o aumento da renda familiar, mas lamentamos os reflexos da postura que lhes foi imposta pela crise social.
e) Outro motivo para as separações e degradação familiar é a filosofia de vida importada ou padrão de influência de outros países. Por exemplo: É muito mais interessante a separação, para cada um viver a sua vida independente, mas marcando encontros periódicos para jantares, festas e relações sexuais, como se fossem “eternos namorados”; tal permissividade maléfica e diabólica já está arraigada e infiltrada em nossa pobre cultura social como um câncer, aparentemente sem cura, e que se alastra implacavelmente.
f) Há uma outra postura ou modismo que se generaliza nestes últimos dias: dois jovens se unem de qualquer jeito, sem passar pelo Registro Civil e o Magistrado. Se der certo tal aventura então, quem sabe, farão a legalização do seu “ajuntamento”. Se não, fica mais fácil a separação, não importando as consequências para ambos e para os possíveis filhos.
g) Há ainda outro fato alarmante que motiva a decomposição familiar: os pais, via de regra, passam o dia longe dos filhos. À noite cada um se recolhe no seu “canto” – uns na sala, vendo novelas, outros em seus quartos com suas TVs particulares vendo, comendo e recebendo toda sorte de podridão através da pornovisão ou filmes de terror e de extrema violência. O que se pode esperar de tal comportamento?
h) Há quatro décadas, quem instruía e educava os filhos normalmente era a mãe. Hoje, por causa da ausência dela trabalhando fora, o relacionamento e a educação em todas as fases do desenvolvimento da criança ficou por conta de creches, escolinhas e babás, com reflexos anormais e negativos. Poderíamos alinhar aqui muitos outros motivos que todos nós já os conhecemos. Porém, a causa geradora de tudo é uma só: FALTA CRISTO NO LAR, NOS CORAÇÕES, NAS VIDAS. Falta a Palavra aberta, meditada e obedecida. Falta temor e oração. Daí todos este caos em que estamos vivendo, vendo e até sendo nele envolvidos.(OBS: esse texto foi escrito por volta de 1995 e consta no livro “A Dracma Perdida- Revolução no Lar” de autoria dos Prs: Enéas Tognini e Autilino Batista de Souza- ABS Editora)

Um comentário:

misticaluz disse...

Un placer leerte, gracias por compartir.

Recibe un abrazo

Beatriz